Desfecho de "Eu tive que fazer..."
Ah! minha amada Ester!
Bernardo
Então nos despimos das roupas de
tudo o mais. De qualquer emoção negativa que nos assolasse. Nada de mágoas,
nada de vergonha, nada de feridas abertas. Apenas nossos lábios um no outro.
Corpos colados um no outro e puxando cada vez mais para junto de si.
Ester
O beijei com vontade, com força,
pondo para fora meu desejo reprimido.
Bernardo
Seu beijo chegava a doer, mas eu
continuava querendo mais e mais.
Desprendi a sua boca da minha e
passei para seu pescoço, depois de mordiscar desci mais um pouco para seus
seios e lá estacionei.
Eles eram redondos, macios e
firmes. Suguei seu mamilo com vontade. Com força. Apertei. Mordisquei. Passei a
língua. Mordi de novo e apertei mais um pouco.
Ester
Há anos ansiava novamente a mão
no meu corpo. Sua boca em meus seios. Nunca mais ninguém usou a língua em meus
seios. Ao menos não tão gostoso quanto ele fazia.
Bernardo
Enquanto isso ela virava a cabeça
para um lado e outro. Sentia seu corpo arrepiar. Seus pelos eriçarem enquanto
ela passava as unhas em minhas costas. Isso ardia, mas eu gostava, na verdade
queria que doesse mais.
Ester
Meu Deus, apenas seu toque já me
causava arrepios, seus apertos me deixavam louca de tesão, queria que ele
entrasse em mim ao mesmo tempo que queria ele ainda nessa preliminar tão
gostosa.
Queria apertá-lo também, queria
rasgar suas costas. Queria tirar sangue dele. E queria que ele tirasse sangue
de mim.
Bernardo
Passei os dois braços pelos
quadris pela e a pressionei contra mim. Ela arqueava o corpo para trás enquanto
voltava a mamar e mordiscar seus seios. Em alguns momentos apenas passando a
língua bem no bico do mamilo.
Ester
Ah! Essa língua... Que saudade
dela.
Bernardo
Nesse meio tempo senti o membro
dela enrijecido pressionar contra o meu. Aquilo me faz parar um pouco, mas logo
pensei “foda-se” e continuei.
A virei de costas e a empurrei
contra a parede. Apertei seus quadris, a puxei para mim. Ela se empinava para
trás. Meus deuses, sua bunda era redonda e a mais macia que já toquei. Apertei.
E que agora lambia.
Ester
Definitivamente ele sabia o que
fazer com aquela língua. Desci minha mão até meu membro e o apertei. Quase
delirando com isso.
Bernardo
Por mais que eu quisesse
continuar fazendo-a quase cair por falta de força nas pernas, precisava sentir
como ela era por dentro, algo que já vinha sendo adiado há anos.
Pus-me de pé. Dei um passo atrás
e a puxei também.
Ester
Entendi a sua mensagem. Empinei
um pouco mais, mantendo meu rosto com a bochecha direita na parede, e usei
minhas mãos para abrir a passagem para ele.
Bernardo
Ela me mostrava a entrada e sem
mais eu penetrei. Entrei com vontade. Com força. Meu membro chegava a arder e
isso só me animava ainda mais.
Ester
Ele sabia o
que gosto. Ao entrar quase acabou com minhas pregas. E eu gosto disso. Ele sabia
do que gosto. Sempre soube apesar de nunca ter consumado.
Bernardo
Fizemos de todas as formas. Depois de
pressionar o rosto dela contra a parede enquanto metia sem pena. A joguei na
cama de quatro. De lado. De frente. Embaixo.
Ela tremia.
Seu membro latejava e ela apertava vez por outra. Outras vezes eu mesmo o
apertava. E foi quando ela estava por baixo. Enquanto eu apertava o seu membro,
que ela me surpreendeu.
Ester
– É a minha vez – disse a ele. Seus olhos
se arregalaram, mas ele já estava na minha, estava tão louco quanto eu, estava
na minha mão e faria o que eu quisesse. E fez. Me olhou e eu pude ler “O que tenho de fazer?”.
O joguei
para o lado e tomei a posição em que antes ele estava. Cuspi em meu próprio
membro e, enquanto entreva bem lentamente, apertava seus mamilos e o fazia se
retorcer.
– Ah!
Bernardo você está na minha mão. Ah! Meu amado você finalmente me aceitou, como
eu sempre esperei apesar de tentar me enganar e repetir várias vezes que não te
amava mais, algumas dessas vezes, encarando meu reflexo no espelho.
Bernardo
Ela me
tinha na mão. Ah! Minha amada Ester. Eu sempre vou te amar. Você sempre será
minha.
****
Adeus, meu amor
1
Se teve algo de que me arrependi na vida foi completar meu trabalho.
Fui contratado para descobrir quem realmente matou o deputado, e talvez futuro presidente do nosso país.
A princípio pareceu que ele havia sido morto pelo cavalo com o qual ele gostava de brincar de vez em quando, o equino que ele chamava para fazer uma limpeza em seu orifício anal, mas que desta vez perdera o controle lhe perfurara o intestino.
Demorou um pouco para saber o que realmente aconteceu, tive de cobrar alguns favores, perder um amigo nesse meio tempo, até quase perder a vida com isso. Ainda bem que tenho pessoas na cidade baixa. Do contrário, teria sangrado até a morte por conta das facadas que levei.
Mas por fim descobri que na verdade nosso deputado conservador, que adorava uma rola bem grossa para arrancar suas pregas, na verdade fora envenenado. Meu parceiro no necrotério morreu descobrindo isso, e essa informação lhe roubara a vida, mas ele era bastante inteligente. Mesmo morto, me ajudou.
Entreguei a meu contratante quase todas as informações que faltavam, mas ainda não tinha uma última peça, uma exigida que fosse entregue a ele, ou minha vida nessa cidade, quiçá qualquer outra, estaria acabada.
Foi uma escolha difícil mas tive de fazê-la.
2
Ester estava em seu quarto me esperando.
Bati à porta apresentando a senha, informando que era eu.
Demorou um pouco para me atender, provavelmente se preparava para me receber. Em outra circunstância aquilo me deixaria animado, mas não naquela noite. Não naquele momento.
Ela abriu a porta com um largo sorriso. Seus olhos apertados… dentes alinhados, lábios finos e bem desenhados.
Sem delongas lhe apliquei um beijo na boca e a empurrei para dentro.
Queria poder amá-la mais uma vez, mas não havia tempo.
– O que foi meu amor?
– Por que fez isso meu bem?
– Do que você está falando?
Baixo a cabeça triste, que droga... Como fui um imbecil com ela:
– O caso Jairo... por que se envolveu naquilo?
Vejo seus olhos se arregalarem e a preocupação surgir.
Se desvencilha de meus braços e vira de costas.
– Fui obrigada, não tive escolha.
– Quem te obrigou a isso?
– A própria Matrona. Disse que seu eu não colaborasse com ela seria expulsa e todos na cidade saberiam a aberração que sou.
Penso escutar sua voz já meio chorosa, mas talvez seja só impressão.
Ela me dá a certeza quando se vira com olhos marejados.
– Vamos fugir, vamos agora. – Me chamou esperançosa, sorrindo para mim.
– Pra onde?
– Pra qualquer lugar. Tenho algum dinheiro, pouco mas tenho, deve ser o suficiente pra gente sair da cidade se fomos agora.
Baixo a cabeça e agora sou eu quem chora:
– Já é tarde pra isso, Ester – mal consigo continuar a falar. Meu coração só falta saltar do peito, minhas mãos tremem. As lagrimas escorrem.
A expressão dela muda. Se fecha e ela grita com raiva:
- Tu me entregou? Bernado seu filho da puta... Tu me entregou?
Não respondo. Mantenho a cabeça baixa e apenas lamento a situação.
Homens rompem pela porta empunhado revolveres e apontando para ela.
A arrastando de dentro do quarto e tudo o que ela faz e me chamar de todos os palavrões e xingamentos.
Não falo nada, mereço tudo aquilo e muito mais.
A coisa pode ter se encerrado dessa forma para Ester, mas a Matrona do Centauro Alado vai receber a parcela dela.
Terá o mesmo destino do ilustre deputado, mas ela vai morrer pela estocada no rabo e não por envenenamento. Já consigo imaginá-la amarrada, debruçada sobre uma mesa e o cavalo atrás dela.
Ester vai pagar por seu crime.
Mas o fim da Matrona não vai ser tão rápido assim.
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