não é pra tanto...

Uma colega de infância de minha irmã mora na Alemanha.

Ela foi parar lá por causa do curso em que se formou: Biologia. Como os gringos geralmente dão mais importancia à qualidade de ensino, acabou que ela foi pra Europa fazer mestrado. E fazer amor tmb, visto que arrumou um namorado alemão.

Há uns três meses minha irmã viajou pra Espanha e aproveitou pra dar uma esticadinha em Gelsenkirchen afim de visitar a velha amiga.

Chegando lá, ela vai conhecer seu emprego que fica numa espécie de Universidade que promove pesquisas na Amazônia. O local além de ser pra lá de moderno ainda abriga uma gama imensa de profissionais sulamericanos já que os gringos gostam de trabalhar com quem tem experiência de campo.

Papo vem, papo vai, ela conta que a vida anda bem, mas que vez ou outra acaba se enchendo com os estereótipos que os europeus criaram a respeito dos latino americanos. Principalmente os brasileiros.

"É um saco" - ela contou. "Sempre perguntam de onde sou por causa de minha aparência (ela é morena de cabelo sarará) e quando digo que sou brasileira me interrogam a respeito de futebol, carnaval e praia. Isso quando não pedem na cara dura pra eu dar uma sambadinha, uma reboladinha ou sei lá que merda mais!"

Eis que no auge da declaração, um rapaz negro e com jeito de malandro carioca se interpõe:

"Rá! Vc reclama à toa. E eu que sou COLOMBIANO?"



Pano rápido.

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