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Ontem eu estava sofrendo mais uma daquelas crises de falta de inspiração pra escrever. Em minha mente havia um clamor por coisas novas, porém, sempre que isso acontecia eu me via perdido em pensamentos insólitos em busca do glamour perdido. Quanta perdição!

Quisera eu ter vivido aventuras em número suficiente pra poder relata-las aqui, mas a minha cabeça se encontra num vácuo e isso é triste pois uma mente é uma coisa terrível a se desperdiçar.

Abri o jornal pra ver se encontrava alguma inspiração ali. Ledo engano, entre vários comentários maldosos, vislumbrei mais e mais o poço no qual o país se afunda. Quando as esperanças caem, a única saída viável parece ser meter o pau em tudo e em todos, mas com charme. Sabe né? esculachar sem perder a simpatia...

À noite sai um pouco e vislumbrei a lua. De repente uma calma serena me invadiu e me vi pensado em tempos melhores, lugares e pessoas com quem eu possa cultivar a minha juventude, sobriedade e poesia, mas tal pessoa e lugar estão longe... ainda.

Pensar neles me fez bem. Tenho que ir devagar com meus pensamentos e principalmente com a minha ansiedade, penso que se minha vida tivesse que ser contada teria de tudo um pouco, muito pouco, entretanto seria satisfatória. Como já diz o ditado: O importante é a qualidade e não a quantidade

Ah! Eu e meus monótonos monólogos! Sou mesmo um ser pseudo-alguma-coisa, pois tudo o que me vem a mente num momento me parece falso em outro. Serei um inútil?. Não... os que se julgam inúteis são aqueles que ainda não enxergaram o seu próprio valor. Serei louco? Vivendo em pleno desconcerto?, ah... sempre disseram que o mundo pertence aos loucos, então isso não seria de todo ruim.

Minha consciência furtiva me diz que eu substituo meu nome (ou caráter) por outro ou por uma expressão que facilmente o identifique apenas por medo de me concretizar em algo que amanhã talvez possa se mostrar totalmente diferente do que eu esperava.

É uma sensação estranha, não tente entender, é como se eu me sentisse girando de dentro pra fora. Definitivamente ainda falta muito pra eu me curar dessa anomalia.

Por enquanto eu vou levando. Não acredito que eu não tenha salvação, mas por via as dúvidas vou empregar uma solução dois em um: farei uma via ativa agridoce, por um lado vou procurar ser tolerante e complacente com os novos problemas que surgirem, mas não irei de maneira alguma ser condescendente com velhas rixas ou pessoas que insistirem em continuar com as suas notórias imbecilidades. E quem por ventura não gostar, que venha me pegar! Estarei pronto.

Meu Deus!, creio que me tornei um sujeito um tanto quanto corrosivo e triste, uma espécie de ácido cinza...

...ou talvez tudo isso tenha sido uma epopéia de uma noite mal dormida. Que seja. O fato é que certas coisas devem ficar guardadas em nós. Dentro de uma caixa de material íntimo.

Eu não sou muito chegado a fazer alusões próprias, mas essa da caixa de material íntimo até que ficou engraçadinha. E dúbia.

Deve ser pq não gosto de diminutivos, mas lá num cantinho do cérebro ainda guardo um carinho para com eles. Viu só?

Porra! só agora lembrei que enquanto produzi estas linhas mal redigidas, perdi o especial de animes que passou na TV a cabo. Argh!

A minha esperança era que passassem Hentai num deles, mas creio que não pois esse tipo de programação não agrada em nada aos produtores do canal. Eles devem pensar que nós somos um bando de damas. Ora faça-me o favor! rapadura é doce, mas não é mole não.

Bem, vou indo. Pra quem só queria encher uma lingüiça virtual creio que já está bom. Tchau! Vejo vcs por aí!

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