barata e fácil

Ainda não há filtro eficaz contra o excesso de informação com que somos bombardeados nestes tempos.

Se anos atrás era difícil garimpar algum dado sobre determinado assunto, nos dias de hoje a mídia global se encarrega de fazer o trabalho grosso de maneira extrema.

Internet, TV e até livros viraram superlativos.

E como sempre, a dualidade surge doce e saliente: Se por um lado o tempo pra conseguir acesso a tal informação diminuiu consideravelmente, por outro, o nível de informação medíocre e mal acabada aumentou exponencialmente.

Assim é fácil...

Aumentou a oferta, mas decaiu a qualidade. Cruel lógica de mercado.

Mas o legal disso tudo é observar como a oferta de informação (travestida de conhecimento) transformou a sociedade.

Se antes todo mundo era técnico de futebol, agora, todo mundo é além de técnico, político, cineasta, escritor, empreendedor, professor, músico, padre, guru, sexólogo... etc.

Ao mesmo tempo.

Todos dispõem de posicionamento. Mas posicionamento clonado, portanto, nulo no que diz respeito à individualidade. Mas... Quem se importa? Se estiver a venda, então pode comprar.

"Vc não viu? Passou no Fantástico"

"Se tal cronista/intelectual/formador de opinião falou, então é pq é verdade"

"O principio de fulano de tal, diz que..."


Tire o que é melhor pra vc. Esse é o verbo, essa é a Lei.

Mas nada muda o fato de cadê vez mais estarmos virando pac-mans, ávidos por qualquer tipo de informação, verdadeira ou não, pra poder passar adiante até obter atenção...

...ou até vislumbrar a dita sabedoria popular tropeçar nos próprios pés.

E qualquer dia esse fato se transformará em objeto de mudança.

Doce.

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