questão



Vamos dizer que vc é uma pessoa legal, bacana e simpática. Que como todo e qualquer mortal sente necessidade de companhia.

A sua vida é boa, apesar de alguns percalços com relação a dinheiro e outras cositas básicas vc tem um padrão de vida satisfatório, só faltaria uma coisa: alguém com quem vc possa compartilhar suas idéias e dividir o calor de suas noites.

Ironicamente em um mundo com 6 bilhões de pessoas é particularmente difícil encontrar alguém que nos agrade. Por que é assim? Tmb não sei...

Enquanto isso, vc vai descobrindo que ficar esperando a "pessoa certa" pode se tornar uma perda de tempo. Nesse estágio vc começa a reparar nos outros seres que te cercam.

Começa a tentar entender em vez de exigir, tentar fazer dar certo em vez de só torcer e tentar não parecer solitário, embora vc esteja.

Mas o mundo começa a mostrar a sua face mais comum nessa hora: a indiferença.

Custa até que vc entenda que ele não faz isso por mal. No início vc o acha muito injusto, cruel e colaborador dos desonestos. Porém, depois de tanto tempo pensando nessas coisas, vc acaba adquirindo um certo know how no assunto.

Daí pra frente não passa mais numa discussão sobre relacionamentos sem desferir a sua opinião e provando por A + B que as suas idéias tem fundamento. E logo essas idéias se tornam um escudo, vc precisa delas...

...mas na real, o que vc gostaria mesmo era estar com alguém.

O tempo passa (ele nunca pára não?) e um belo dia vc se pega sentindo ciúmes da namorada de algum conhecido seu (ou não).

Se pergunta pq não é assim com vc e ignora completamente que eles tmb podem ter problemas. No ínicio vc acha que eram ciúmes de maneira desinteressada (talvez fosse uma inveja disfarçada)e por fim percebe que não eram ciúmes da pessoa que vc desejou, mas sim o seu ego dando sinais de que estava vivo.

E ferido...

E chega a encruzilhada: 4 caminhos...

* isolamento
* continuar procurando (mas fingindo que não está. Isso é uma arte!)
* esperar pra ver se caí do céu
* viver lembrando do passado

Seja qual for a escolha, se vc chegou até esse ponto, deve ter um porção de estórias pra contar. Guarde a maior parte pra vc. Dificilmente servirão pra ajudar alguém, pois essas coisas as pessoas só aprendem sentindo na carne.

Só não se bitole. Como uma grande amiga que tmb vivia nesta "virtualand" me disse certa vez:

"Tudo bem que todos precisamos de alguém e tal, mas procure mudar esse pensamento de que vc só estará completo com outra pessoa, pois vc já nasceu completo. A única coisa em que a outra pessoa irá te ajudar será a construção de algo. E nunca no complemento"


e eu completaria com o que outra amiga virtual e real disse:

"Seja tolerante. Não tanto com os outros, mas principalmente com vc"


Ah! eu já falei tanto destas coisas. É estranho como esse assunto me inspira curiosidade. Talvez pelo fato de um ser um leigo nele. E tudo que a gente fale ou pense sobre isso sempre vai soar como receita de bolo na cabeça dos outros.

Mas quer saber? Prefiro continuar sendo leigo e ter a chance de conhecer as mais diferentes formas de demostra-lo do que sofrer por não me fixar apenas em uma.

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