em branco

.e a falta de inspiração é um mal(?)* recorrente.

.Ele se pega fazendo esboços de coisas e deixando pequeninas notas de rodapé num canto esquecido da mente.

...como frases que começam com reticências e terminam da mesma forma...

Cada página em branco do Word o instiga a imaginar o tamanho da revolução muda que se deu quando aposentaram o papel e o lápis. Ah não, este já tinha sido aposentado antes pela caneta.

O devaneio o invade pra depois ser substituído pela tecnologia, que cede lugar pra apatia, que por fim vai embora entediada.

Ele adora quando isso acontece.

Olha pra cima, olha pra baixo. Vê a torneira pingando. Vai lá e fecha.

Fecha tmb os olhos pra saber o que tem dentro da cabeça. Só vê um escuro. Fica imaginando (de olhos abertos): o que o teria levado a pensar que alguém pode enxergar o interior por meio dos olhos?

Nota que pensa muito e sente pouco. Chaplin disse isso há quase um século.

Engraçado, um palhaço mudo que proferiu uma máxima consagrada.

Ri. Percebe que o humor mais instantâneo é aquele que satiriza algo. Meio que martirizando o espírito humano. Dor é doce. Vira e mexe vc aprende a controlá-la.

E como seguindo isso a risca, ele mapeia outra possibilidade, outra matemática que o faça viver pelos próximos segundos sem pensar "o que vai acontecer nos próximos segundos?”.

Nesse ínterim, as pequeninas notas de rodapé se transformaram em gigantescos tratados e os esboços de coisas, em milhares e milhares de idéias que fogem, mas tem rabo grande pra poder pega-las de volta.

Qualquer hora ele faz isso. E o riso termina num sorriso .


* Mal pro ego, bom pro ócio. Resta saber qual agrada mais

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