Manual Prático do comentarista clichê (ou não*)

Desde que comecei a blogar notei que uma das coisas que mais diferenciava os blogs dos sites comuns era a possibilidade de comentar o que estava exposto.

A porta aberta era irresistível, e muitas vezes ela servia como estimulo para o blogueiro continuar a escrever. Porém, quando alguma coisa legal surge, sempre irão aparecer outras coisas pra corromper um pouco a dita diversão.

Umas dessas coisas são os comentaristas clichê.

E o que seria isso? Bem, é aquele cara que sabe que não é obrigado a comentar, mas que quando faz isso, nunca (ou quase nunca) se refere ao que está escrito no post.

Tipo, vc escreveu uns 3 parágrafos sobre alguma analise a respeito de algum tema popular, e o cara vai lá e comenta:


"Oi! Só passei pra te deixar um abraço, t +"


Isso é um exemplo crássico, logicamente existem infinitas variações:


"Olá! Passei pra de desejar um ótimo final de semana, beijos"


"Oi! Tudo de bom! Tenha um bom dia!!!"


"Obrigado por ter aparecido lá no meu blog, VOLTE SEMPRE! FALOWWWZZZ!"


...e por aí vai.

Que no mundo dos blogs existe esse lance de “comenta no meu que eu comento no seu” isso ninguém discute, até pq, que atire a primeira bala quem nunca fez (ou faz) isso. Eu já fiz muito e dependendo do caso posso voltar a fazer sem nenhum problema.

Complicado mesmo seria se eu SÓ FIZESSE ISSO.

Complicado pra mim é claro, pois tem gente que ainda acha que blog é só mais uma janela pra aparecer. É lógico que é! Mas não SÓ!

Aparecer é apenas o primeiro passo. É chato ficar só nisso, no culto a imagem e afins.

Trocando em miúdos, se vc quer aparecer mesmo e mostrar o quanto é fodão, faça um flog e seja feliz (nada contra quem tem flog, é escolha deles), mas não crie estigmas com relação à escrita. Pois ela sempre será passível de contestação e pode ser que vc não obtenha o resultado esperado.

Um lance muito utilizado pra comentar um texto longo é sempre começar lendo o primeiro parágrafo e depois ignorar todo o conteúdo e pular pro último. Dessa maneira, ao ler a primeira parte vc sabe do que a pessoa está falando e ao ler a ultima vc arranja gancho pra comentar.

Exemplo:



Raças e Racismos

"Na aula de hoje, o professor me fez uma pergunta escabrosa. Perguntou o que eu achava sobre a cota para negros. Não que eu tenha medo de tal pergunta, apenas não acho apropriado ele tê-la feito naquele instante. Vcs sabem né? Assuntos raciais sempre dão pano pra manga e eu acho que..."

Blá,blá,blá,blá,blá Blá,blá,blá,blá,blá Blá,blá,blá,blá,blá Blá,blá,blá,blá,blá
Blá,blá,blá,blá,blá Blá,blá,blá,blá,blá Blá,blá,blá,blá,blá Blá,blá,blá,blá,blá
Blá,blá,blá,blá,blá Blá,blá,blá,blá,blá Blá,blá,blá,blá,blá Blá,blá,blá,blá,blá
Blá,blá,blá,blá,blá Blá,blá,blá,blá,blá Blá,blá,blá,blá,blá Blá,blá,blá,blá,blá Blá,blá,blá,blá,blá Blá,blá,blá,blá,blá Blá,blá,blá,blá,blá Blá,blá,blá,blá,blá

"...então terminou assim, espero não ter ofendido ninguém ao dizer que cota para negros é um preconceito maior ainda do que a própria discriminação em si."


Dá pra sacar fácil sobre o que o cara está falando logo no inicio e ainda comentar sobre o assunto tendo lido apenas o ultimo parágrafo.

Ou isso, ou apelar pra leitura dinâmica. Saída louvável, pois hj em dia quase ninguém tem mais tempo pra ficar lendo posts grandes, mesmo pq uma grande parcela comenta do trabalho. Fora que dependendo do ritmo do post, alguns dão preguiça mesmo.

Mas isso não é culpa do blogueiro, e muito menos nossa, portanto, se achar que não tem nada a acrescentar abster-se é melhor e muito mais autêntico.

Falando nisso, dá até pra utilizar essa ultima neste post.

* clichêêêêê...

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