venha Deus
Mas não espere fé
Nem oferendas
E sim fraquezas
Entrar no seu reino é divino
Mas nossas ambições são humanas
Nós não somos mais o que esperavamos ser
E até a descrença já foi embora também
Sobrou só o barco vazio, com o capitão morto na proa
Mas não se acanhe por causa disso, venha!
Pois os macacos mordem, mas são ignorantes
Logo, sabedoria inside em saber lidar com disso
O Senhor terá vergonha de nós?
Do que criou com tanto carinho?
Das ilusões que foram por outro caminho?
Das guerras feitas em seu nome?
Dos que não cansam de perguntar?
(e criam respostas cretinas)
Crer no Senhor é um bálsamo
E pelo bálsamo, também conhecemos o placebo
E o placebo alimenta a esperança
Que segundo as lendas, nunca morre...
Mas seu perdão foi vulgarizado
E nos acostumou mal
Pois dizem que no desespero não existem ateus
A não ser que isso seja conveniente
Conveniencia é ligada ao ego
E ego alimenta o ser
Pronto, temos as respostas
Só faltam as perguntas
E mesmo que demore 42 milhões de anos
Ainda estaremos por aqui
Pois nossa imagem ainda não saiu da fôrma
E a fôrma, pelo jeito, depende da imagem
Mas ainda assim, venha!
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