vetor duplo
Já faz um tempo que sigo alguns preceitos esta cartilha que eu mesmo criei.
E me lembro que na época o mote final foi:
“A novidade passou e provou não ter nada de ‘nova’ ”
Algumas pessoas pensaram que se tratava do fim do blog. Não, não era...
Era, como de costume, o que sempre faço quando me vejo num limbo: abrir as portas para a constatação. E sempre que possível fria, direta e racional.
E como o fruto direto das minhas constatações era a redundância, decidi extrapolar de vez naquele momento. Só que hj me vejo novamente naquela situação...
...com o seguinte pensamento: “O ponto de vista lúcido é sempre racional, frio e direto?”
Tipo: Razão x Sentimentalismo. Cada um é um extremo que não se mistura da maneira alguma com o outro?
Creio que não...
Acredito que ambos se misturam na mente das pessoas criando uma amálgama poderosa. Porém, esta mistura deve ter obrigatoriamente um elemento dominante. E é este elemento que vai ter a palavra final e decidir se tal atitude vai ser taxada como racional ou emotiva.
Parece engraçado, irônico na verdade, que para algum adepto incondicional da racionalidade ter prestigio, é necessário que ele defenda seus pontos de vista com paixão (produto raiz dos sentimentalistas)
E a recíproca é verdadeira. Para cada apaixonado, sentimental ou “sensível” poder chegar a algum lugar, é necessária uma presença mínima de razão. Daí a clichezenta frase: “ O coração tem razões que a própria Razão desconhece”
Aliás, como os apaixonados são chegados a clichês e lugares comuns, hein?. Mas que eles são belos, isso não se pode negar...
Então voltando a minha situação atual sobre o ponto de vista lúcido é sempre racional, frio e direto. Sinceramente? Creio que isso é algum resquício de épocas passadas. As vezes vc acha que as gerações que antecederam a nossa foram irrelevantes em alguns pontos, mas a realidade mostra que não.
Existe, por menor que seja, um efeito acumulativo.
Por exemplo: eu sei que existem e sempre existirão contentes e amargurados (como já dizia o antigo tango de Discépolo), mas nestes últimos tempos parece que houve um BOOM no número de pessoas amarguradas ou tristes.
Mal de uma época?
Modismo?
Estilo de vida?
Ou eles sempre estiveram por aí e só agora tivemos noção da existência deles?
Não sei. Motivos para tristeza sempre existiram, o que não havia eram os MEIOS para saber que tal comportamento pessoal que vc considerava único, era só mais um reflexo de milhares e milhares de outros como vc. De certa maneira os meios de comunicão modernos nos mostraram que não estamos totalmente sós, mas sim acompanhados de centenas de solitários. A História tem um senso de humor trágico.
Eu sempre considerei a geração que vem da metade dos anos 90 até aqui como a “Geração da Ressaca”.
Mas isso não me interessa mais, não quero mais saber da apatia gratuita ou alegria alienada.
Cinismo, sarcasmo e ironia foram utilizados de forma tão descontrolada que ficaram banais.
Quero brindar ao que é real. Mesmo estando cheio de ilusões.
Quero que pelo menos por um instante, o real e o imaginário se juntem da mesma maneira que o racional e emotivo. Só que sem dominantes ou dominados.
E nessa hora, dançar no fio da navalha, na corda do trapezista, no limiar da droga mais alucinógena: a percepção!
...e que ninguém mais seja ingênuo a ponto de acreditar em algum extremismo puro. Como a tristeza ou a apatia.
E me lembro que na época o mote final foi:
“A novidade passou e provou não ter nada de ‘nova’ ”
Algumas pessoas pensaram que se tratava do fim do blog. Não, não era...
Era, como de costume, o que sempre faço quando me vejo num limbo: abrir as portas para a constatação. E sempre que possível fria, direta e racional.
E como o fruto direto das minhas constatações era a redundância, decidi extrapolar de vez naquele momento. Só que hj me vejo novamente naquela situação...
...com o seguinte pensamento: “O ponto de vista lúcido é sempre racional, frio e direto?”
Tipo: Razão x Sentimentalismo. Cada um é um extremo que não se mistura da maneira alguma com o outro?
Creio que não...
Acredito que ambos se misturam na mente das pessoas criando uma amálgama poderosa. Porém, esta mistura deve ter obrigatoriamente um elemento dominante. E é este elemento que vai ter a palavra final e decidir se tal atitude vai ser taxada como racional ou emotiva.
Parece engraçado, irônico na verdade, que para algum adepto incondicional da racionalidade ter prestigio, é necessário que ele defenda seus pontos de vista com paixão (produto raiz dos sentimentalistas)
E a recíproca é verdadeira. Para cada apaixonado, sentimental ou “sensível” poder chegar a algum lugar, é necessária uma presença mínima de razão. Daí a clichezenta frase: “ O coração tem razões que a própria Razão desconhece”
Aliás, como os apaixonados são chegados a clichês e lugares comuns, hein?. Mas que eles são belos, isso não se pode negar...
Então voltando a minha situação atual sobre o ponto de vista lúcido é sempre racional, frio e direto. Sinceramente? Creio que isso é algum resquício de épocas passadas. As vezes vc acha que as gerações que antecederam a nossa foram irrelevantes em alguns pontos, mas a realidade mostra que não.
Existe, por menor que seja, um efeito acumulativo.
Por exemplo: eu sei que existem e sempre existirão contentes e amargurados (como já dizia o antigo tango de Discépolo), mas nestes últimos tempos parece que houve um BOOM no número de pessoas amarguradas ou tristes.
Mal de uma época?
Modismo?
Estilo de vida?
Ou eles sempre estiveram por aí e só agora tivemos noção da existência deles?
Não sei. Motivos para tristeza sempre existiram, o que não havia eram os MEIOS para saber que tal comportamento pessoal que vc considerava único, era só mais um reflexo de milhares e milhares de outros como vc. De certa maneira os meios de comunicão modernos nos mostraram que não estamos totalmente sós, mas sim acompanhados de centenas de solitários. A História tem um senso de humor trágico.
Eu sempre considerei a geração que vem da metade dos anos 90 até aqui como a “Geração da Ressaca”.
Mas isso não me interessa mais, não quero mais saber da apatia gratuita ou alegria alienada.
Cinismo, sarcasmo e ironia foram utilizados de forma tão descontrolada que ficaram banais.
Quero brindar ao que é real. Mesmo estando cheio de ilusões.
Quero que pelo menos por um instante, o real e o imaginário se juntem da mesma maneira que o racional e emotivo. Só que sem dominantes ou dominados.
E nessa hora, dançar no fio da navalha, na corda do trapezista, no limiar da droga mais alucinógena: a percepção!
...e que ninguém mais seja ingênuo a ponto de acreditar em algum extremismo puro. Como a tristeza ou a apatia.
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